A cidade tradicionalmente reconhecida por suas paisagens turísticas e frio característico é também a pioneira em sua região em termos de adaptação e resposta às emergências climáticas.
Em Bariloche, como é comumente chamada, foi realizado um trabalho prévio no qual a Subsecretária de Proteção Civil identificou as principais ameaças e riscos associados, entre as quais estão as ameaças típicas da mudança climática global.
Com base nessas informações, foi elaborado o Plano de Emergência, que contempla a metodologia de trabalho e a forma de proceder em caso de contingência. Ele possui informações detalhadas sobre as responsabilidades dos múltiplos atores da cidade, como empresas privadas, setor hoteleiro, instituições de saúde, agências de segurança, empresas de serviços públicos, instituições de ensino, entre outros, todos comprometidos por carta compromisso, a trabalhar juntos no caso de uma eventualidade. Junta-se a esta equipe um grupo de voluntários interdisciplinares treinados para esse fim.
Ciente de sua responsabilidade com o meio ambiente e as mudanças climáticas, a cidade tem aderido a diversas iniciativas com o objetivo de promover a sustentabilidade e mitigar suas emissões de gases de efeito estufa.
Em nível nacional, Bariloche aderiu ao programa Cidades Resilientes (2019), no âmbito do Sistema Nacional de Gestão Integral de Riscos e Proteção Civil (SINAGIR), do qual Bariloche está sediada na região da Patagônia. O objetivo é que a cidade fortaleça suas capacidades integrais de gestão de riscos e obtenha melhor acesso às ferramentas de diagnóstico e treinamento geradas pela Secretaria Nacional de Proteção Civil e, especificamente, pela Direção de Mitigação e Recuperação.
No âmbito internacional, a adesão ao Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia simboliza e ratifica seu compromisso em identificar as fontes de emissões e as ameaças, definir metas e estabelecer políticas contra as mudanças climáticas.
Desde o primeiro ano de assinatura do Pacto a cidade trabalhou no cálculo do primeiro inventário de GEE, com base no Protocolo de Inventário Global de GEE para Governos Locais (GPC), cumprindo um dos primeiros compromissos assumidos.
“O inventário torna-se assim uma ferramenta indispensável para identificar a participação dos diferentes setores nas emissões totais e definir as linhas de trabalho da cidade no Plano Local de Ação Climática (PLAC), publicado em 2020”, destacou o Intendente Gustavo Genusso.
O inventário, por sua vez, funciona como uma linha de base para medir o desempenho dos diversos esforços realizados para mitigar as mudanças climáticas em linha com as metas propostas no referido PLAC.
Bariloche Sustentável
Durante 2019, e para a gestão de 2020-2023, um dos eixos principais é o Bariloche Sustentável , focado especificamente na sustentabilidade urbana. Isso mostra que o tema está no centro da agenda política, evidenciando o compromisso da gestão com as questões ambientais.
Nesse sentido, a cidade possui diversos projetos que buscam direcioná-la para políticas públicas de sustentabilidade, que se caracterizam pela diminuição das emissões de GEE da cidade e pela redução da vulnerabilidade. Para isso, trabalham com a comunidade sob diferentes modalidades.
Destaca-se “La Mesa Bariloche Sustentable”, uma mesa de trabalho da qual participam organizações civis e diversas instituições públicas da cidade. Com base nela, foram definidas algumas das ações dos eixos principais estabelecidos no PLAC.
Outras ações de mitigação também estão sendo adotadas, como por exemplo, a substituição de luminárias LED na iluminação pública, os Programas de Sustentabilidade Domiciliares e de Bioenergia Andina, o diagnóstico energético de edifícios municipais, a rede de ciclovias e ciclovias e o programa piloto de Rotulagem energética de residências.