No último dia 27 de agosto aconteceu a quarta sessão do Fórum Permanente de coordenadores do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia da América Latina e Caribe (GCoM LAC), que teve como pauta a Governança Climática em Âmbito Local. Na ocasião, representantes da União Nacional de Governos Locais (UNGL) e da Universidade Nacional da Costa Rica (UNA) introduziram a temática e lideraram as discussões.
Abrindo os diálogos, a diretora executiva da UNGL, Karen Porras, ressaltou a importância do espaço de encontro do Fórum, que ajuda a “concretizar desejos, tanto do poder executivo, quanto dos governos locais e da academia”, segundo ela.
Apresentando as peculiaridades da Costa Rica como um país centralizado e que é afetado por diversos fenômenos climáticos de forma mais intensa, a gestora ambiental da UNGL, Eida Arce, destacou que atualmente “o desafio é que os governos locais se empoderem como articuladores das ações nos territórios, em prol do desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente”.
Em seguida, Vanessa Valério, da UNA, apresentou as lições aprendidas em relação à governança climática no projeto “Estratégias Participativas de Mudança Climática a Nível Local”. Ela destacou a importância de a ciência participar da elaboração de políticas nacionais e, assim, ajudar a fortalecer as capacidades dos governos locais. Complementando as lições aprendidas, o pesquisador da UNA, Sérgio Molina, reforçou a necessidade de construir uma governança multinível e articular agendas, dois aspectos aos quais o Pacto traz desafios e oportunidades, na sua percepção.
Jorge Solís, gerente de desenvolvimento sustentável e mobilidade da Associação de Municípios do Panamá (AMUPA), Coordenador nacional do Panamá, participou pela primeira vez do Fórum e destacou a relevância da pauta discutida.
“É um tema de grande importância para o desenvolvimento da iniciativa GCoM em nossos países. Envolver todos os setores nacionais e subnacionais que interferem na questão, de uma forma ou de outra; é relevante e garante o sucesso no cumprimento dos objetivos traçados. Conhecer e poder adaptar os avanços da Costa Rica nesse sentido será muito valorizado pelo Panamá no curto e médio prazo.” – enfatizou Solís. Para ele, o espaço oferecido pelo Fórum proporciona a possibilidade de conhecer os avanços de outros países e suas estratégias, o que permite refletir sobre os caminhos a serem percorridos e as melhores direções, a partir das experiências já vivenciadas e que são compartilhadas.
A 5° sessão do Fórum deve ocorrer no dia 24 de setembro e será apresentada pelo WWF e pela Associação de Municípios, ambos do Equador. O tema será “Plataformas informáticas e gestão de base de dados como suporte para estudos de mitigação frente à mudança climática em nível municipal.