O que é o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia?
Criado em 2017 a partir da união do antigo Pacto de Prefeitos e do Covenant of Mayors europeu, o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (em inglês, Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM) é a maior aliança de cidades e governos locais do mundo. Adota uma visão comum a longo prazo de promover e apoiar ações voluntárias para combater as alterações climáticas e avançar para um futuro resiliente ao clima, com baixas emissões.
Esta coalizão reúne mais de 9.000 cidades de todos os tamanhos em 6 continentes e mais de 120 países, representando quase 10% da população mundial. Por meio do Pacto, os governos locais se comprometem voluntariamente em trabalhar para combater as mudanças climáticas.
É um compromisso que incentiva a ação ousada a nível local, o trabalho conjunto em âmbito global e a partilha de soluções inovadoras que permitem que prefeitos e prefeitas e suas equipes façam mais pelo clima e de forma mais rápida. As cidades do Pacto se conectam e trocam conhecimentos e ideias, apoiadas por organizações regionais relevantes.
Saiba mais em: https://pactodealcaldes-la.org/pt-br/
O que há de novo no Pacto dos Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM)?
Visão, ambição e escopo de ação: Esta iniciativa define compromissos e uma visão compartilhada de longo prazo para enfrentar os desafios interconectados: mitigação e adaptação às mudanças climáticas e acesso à energia segura, sustentável e acessível para todos.
A visão é tripla e inclui:
- Acelerar a descarbonização (limitar ou eliminar a utilização de fontes de energia que emitem carbono) ou diminuição da emissão de gases de efeito estufa em territórios urbanos, contribuindo para manter o aquecimento global médio abaixo de 2°C;
- Fortalecer capacidades de adaptação aos impactos inevitáveis das mudanças climáticas, tornando territórios urbanos mais resilientes;
- Aumentar a eficiência energética e o uso de fontes de energia renováveis em territórios urbanos, garantindo assim o acesso universal a serviços energéticos seguros, sustentáveis e acessíveis para todos.
Quem pode participar do Pacto?
O Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia é aberto a todas as cidades e municípios do mundo, de qualquer tamanho ou região. Outros interessados – que não sejam governos locais – podem participar como facilitadores do Pacto, apoiando as cidades em suas regiões ou países.
Como participar do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia?
O/a prefeito/a (ou autoridade local equivalente) deverá assinar uma Carta Compromisso. Para tanto existem duas maneiras de fazê-lo:
- Entre em contato com um dos Coordenadores Nacionais em seu país e manifeste seu interesse. Eles guiarão a sua cidade no processo de adesão.
- Se preferir, pode baixar a carta compromisso abaixo e nos enviá-la assinada pelo/a governante local a [email protected]
Acesse o modelo de Carta Compromisso e avance no primeiro passo para uma sociedade mais harmônica com o meio-ambiente.
Para mais informações clique aqui
Quando juntar-se ao Pacto?
As autoridades locais podem assinar o Pacto a qualquer momento, não há prazo! Os eventos do Pacto proporcionam a todos os prefeitos e prefeitas uma valiosa oportunidade de visibilidade, trabalho em rede e uma assinatura pública.
Por que é grátis participar do Pacto dos Prefeitos?
O Pacto dos Prefeitos é uma iniciativa construída de baixo para cima e um compromisso voluntário dos municípios para cumprir metas estabelecidas por eles e em benefício deles mesmos.
Quais benefícios para as cidades ao se tornarem signatárias do Pacto?
As mais importantes vantagens de ser signatário do Pacto são:
- Apoio prático por meio de materiais e ferramentas de orientação;
- Coordenação do trabalho com outras organizações e governos que trabalham o tema, potencializando as ações e parcerias
- Reconhecimento e visibilidade internacional das autoridades locais membros;
- Oportunidade de contribuir para o alcance de agendas e metas internacionais, como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris
- Participação em mecanismos de revisão e do monitoramento do progresso da ação climática;
- Melhores oportunidades financeiras para os projetos locais vinculados ao clima e à energia;
- Acesso a métodos inovadores de relacionar-se, trocar experiências e construir capacidades por meio de eventos regulares, cooperação, webinários ou discussões on-line;
- Acesso rápido a conhecimento prático de excelência e estudos de casos inspiradores;
- Auto-avaliação facilitada por meio de comparação com outras signatárias e monitoramento conjunto.
Assinei a Carta Compromisso, e agora?
Agora que é signatária seu município ou governo local conta com o apoio técnico, comunicacional e institucional do Pacto.
Primeiramente sugerimos tornar público o compromisso assumido contra as mudanças climáticas. É possível utilizar canais de comunicação oficiais da Prefeitura, ações organizadas pelas secretarias envolvidas, diálogos com a sociedade local, entre outros. O importante é informar sobre este passo que o governo está realizando.
Neste momento também é importante iniciar a mobilização das equipes municipais para iniciar seu percurso junto ao Pacto e avançar nas etapas. Identifique um ponto focal técnico no Município quem estará em contato com Coordenador Nacional em seu país e nosso Helpdesk. Crie também um grupo de trabalho com as pessoas que podem contribuir. Se for uma equipe interdisciplinar, melhor ainda! Recomenda-se que esse grupo se reúna para planejar as ações. Além da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, algumas das secretarias que podem envolver-se nesse processo são as Secretaria Municipal de Planejamento, Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade, Secretaria Municipal de Defesa Civil, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura entre outras. O importante é integrar os setores mais relevantes para o município e pensar conjuntamente as ações de combate às mudanças climáticas.
O Helpdesk do Pacto na América Latina e Caribe estará disponível para prestar todo o tipo de apoio necessário em todas etapas e sem custos. Aguardamos o seu contato!
Quais obrigações os signatários devem cumprir e o que devem entregar?
Para participar do GCoM-LAC é exigido o comprometimento da cidade, o que se reflete na elaboração dos documentos e planos exigidos e o reporte de sua evolução. Dessa maneira, devem preparar (ou compilar) e reportar quatro documentos para estar em completa conformidade com a iniciativa. São eles:
a) Inventário Municipal de Gases de Efeito Estufa
b) Análise de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas
c) Plano de Ação Climática, com medidas de mitigação e adaptação
d) Plano de Acesso à Energia*
* Maiores informações em breve
O que é o Inventário Municipal de Gases de Efeito Estufa (GEE)
O Inventário Municipal de Gases de Efeito Estufa (GEE) avalia a quantidade de CO2 emitida gerada pelo consumo de energia no território do signatário do Pacto. Permite identificar as principais fontes de emissão de CO2 e seus respectivos potenciais de redução.
Como Fazer um Inventário de GEE?
Os signatários do Pacto escolhem suas próprias ferramentas para o cálculo de suas emissões, de acordo com suas necessidades. No entanto, é preciso certificar-se de que o inventário informado esteja de acordo com os princípios gerais especificados e detalhados no Marco Comum de Reporte (CRF).
Quais Setores Devem ser Considerados no Inventário de GEE?
Os compromissos do Pacto dizem respeito a toda a área geográfica do governo local. Assim, o Inventário de GEE deve levar em consideração a energia consumida em todos os setores de atividade. Os principais setores e subsetores são os seguintes:
- Energia estacionária
- Residências;
- Comércio e Instituicões;
- Indústrias de manufatura e construção;
- Indústrias de Geração de Energia;
- Fontes não especificadas;
- Agricultura, Silvicultura e Pesca;
- Emissões fugitivas (vazamentos ou liberação irregular de gases)
- Transportes
- Rodoviário;
- Ferroviário;
- Navegação;
- Aviação;
- Vias rurais.
- Resíduos
- Disposição final de resíduos sólidos;
- Incineração ou queima à céu aberto;
- Tratamento biológico;
- Tratamento e afastamento de efluentes líquidos;
Qual período o Inventário de GEE deve cobrir?
O inventário deve cobrir um período de 12 meses consecutivos.
Qual o Prazo de entrega do Inventário de GEE?
O município tem até 2 anos a partir da assinatura da carta compromisso para elaborar ou atualizar e reportar seu Inventário de GEE
O que é a Análise de Risco e Vulnerabilidade?
A Análise de Riscos e Vulnerabilidade é uma avaliação que determina a natureza e a extensão dos perigos climáticos, analisando os riscos potenciais e avaliando a vulnerabilidade que pode representar uma ameaça potencial ou danos a pessoas, propriedades, meios de subsistência e meio ambiente dos quais eles dependem.
Permite a identificação de áreas de preocupação crítica e, portanto, fornece informações para a tomada de decisões. A Análise pode abordar riscos relacionados a inundações, temperaturas extremas e ondas de calor, secas e escassez de água, tempestades e outros eventos climáticos extremos, aumento de incêndios florestais, aumento do nível do mar e erosão costeira (se aplicável).
A Avaliação de Risco e Vulnerabilidade serve, juntamente com o Inventário de GEE, como ponto de partida para o desenvolvimento do Plano de Ação para Energia Sustentável e Clima.
Qual o Prazo de Entrega da Análise de Risco e Vulnerabilidade?
O município tem até 2 anos a partir da assinatura da carta compromisso para elaborar ou atualizar e reportar sua análise de riscos e vulnerabilidades.
O que é um Plano de Ação Climática?
O plano de ação climática é o documento chave que mostra como o signatário do Pacto alcançará sua visão e meta. O plano inclui uma avaliação da situação atual, ou seja, um Inventário de GEE para a parte de mitigação climática e uma Análise de Risco e Vulnerabilidade para a parte de adaptação; metas de redução de emissões GEE e objetivos de adaptação climática claramente identificados; e as medidas previstas em conjunto com os prazos, responsabilidades atribuídas e impactos estimados. Sua cidade já possui ações de mitigação e adaptação planejadas? Talvez seja somente necessário atualizar os dados e reportar o material existente!
Qual Escopo de Ação de um Plano de Ação Climática?
O Pacto refere-se à ação a nível local, no âmbito das competências das autoridades locais envolvidas. Assim, espera-se que os signatários do Pacto tomem medidas em vários ou todos os seus possíveis papéis:
- Planejador, desenvolvedor e regulador: As autoridades locais são geralmente responsáveis pelas políticas de construção, transporte e planejamento do uso da terra. Elas têm a capacidade de: otimizar o desempenho energético de novas instalações, integrar medidas sustentáveis de transporte e estratégias de adaptação na prática de planejamento local.
- Produtor e fornecedor: As autoridades locais também podem atuar como uma empresa local ou prestador de serviços promovendo a produção de energia local e usando fontes de energia
- Orientador e motivador: As atividades de conscientização são importantes para engajar toda a comunidade no apoio a políticas sustentáveis de energia e clima. As autoridades locais podem atuar como consultores e educadores para os cidadãos e outras partes interessadas (por exemplo, arquitetos, planejadores ou artesãos) além de induzir seus cidadãos a uma mudança comportamental para um modo de vida mais sustentável.
Qual o Prazo de Entrega do Plano de Ação Climática?
O município tem até 3 anos a partir da assinatura da carta compromisso para elaborar (ou compilar e atualizar as ações já planejadas) e reportar seu Plano de Ação Climática.
O que é a Marco Comum de Reporte (CRF, em inglês)?
O Marco Comum de Reporte é um conjunto de recomendações globais para auxiliar as cidades no processo de reporte ao GCoM. O CRF auxilia também, a garantir fases sólidas de planejamento, implementação e monitoramento de ações climáticas, agilizando os procedimentos de medição e reporte. Foi criado com o intuito de ser flexível para atender a circunstâncias locais ou regionais específicas. Simultaneamente, permite também a comparação e a agregação global de dados.
O CRF foi desenvolvido para acomodar as diferenças atuais nas abordagens de medição e práticas de reporte e garante avaliação robusta, estabelecimento de metas, planejamento integrado de ações climáticas, monitoramento, bem como relatórios simplificados em todos os três pilares da iniciativa – mitigação, adaptação e adaptação às mudanças climáticas; e acesso à energia segura, acessível e sustentável.
Através do Marco Comum de Reporte, o movimento do Pacto poderá mostrar os resultados obtidos e monitorar o progresso das ambições das cidades de modo transparente. Tais dados contribuirão para defender uma melhor governança multinível em questões relativas a energia e ao clima com tomadores de decisão, assim como possibilitar um melhor apoio técnico e financeiro.
Consulte o documento completo aqui.
Quais são os meios oficiais de reporte?
Abaixo as plataformas oficiais para reportar seus avanços ao Pacto
Os signatários recebem algum apoio financeiro?
O Pacto não transfere recursos aos signatários, mas os apoia técnica, logística e institucionalmente na formulação e execução dos planos de ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
De onde vem o financiamento para a execução dos planos de ação?
O Pacto não transfere recursos diretamente aos signatários. Além do apoio técnico, logístico e institucional na formulação e execução dos planos de ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o Pacto apoia os municípios facilitando o acesso e identificando oportunidades de financiamento climático.
O que são as medalhas do Pacto?
As cidades que se comprometem com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia concordam em avançar a ação climática em três áreas principais: redução das emissões de gases de efeito estufa, adaptação às mudanças climáticas e acesso à energia limpa e acessível. Conforme a cidade elabora seus compromissos climáticos, seu progresso será visualmente reconhecido por um sistema de medalhas exibidos no perfil de cada cidade (painel da cidade) nos sites global e regional do Pacto.
O sistema de medalhas fornece uma visão geral do engajamento de cada cidade e pode ser usado pelas cidades para comunicar e promover seu progresso como parte dessa comunidade global. As medalhas também podem conectar cidades com oportunidades, recursos e com cidades engajadas nas mesmas etapas ou processos.
O que é o Helpdesk do Pacto?
O Helpdesk fornece suporte administrativo, logístico e técnico para cidades signatárias, bem como para regiões e outras instituições nacionais interessadas no programa. O Helpdesk é, portanto, o mecanismo através do qual o Pacto pode interagir diariamente e diretamente com as cidades e toda a comunidade do GCoM.
- Recebe cartas compromisso das cidades da América Latina e Caribe e compartilha os “kits de boas-vindas” para novas cidades signatárias
- Reage à demanda e ao fornecimento de informações dos municípios;
- Reorganiza e divulga essas informações;
- Contribui e apoia Eventos de Capacitação e Atividade de Treinamento do Pacto;
- Prepara e divulga documentos, ferramentas e outros recursos para as cidades signatárias;
- Divulga informações do Pacto por meio do site, redes sociais e boletins informativos;
- Organiza Webinários;
- Atua como mecanismo de combinação de parcerias bilaterais, baseando-se no conhecimento das necessidades e perfis específicos dos municípios que resultam da troca de informações e do banco de dados que é assim construído;
O que é o Pacto na América Latina e Caribe?
Um dos objetivos do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia é a criação de uma comunidade que englobe múltiplas partes interessadas (os chamados stakeholders, em inglês) que possam compartilhar conhecimento e experiências sobre o tema e que sirvam como base para avanços futuros. Desejamos reunir governos locais, regionais e nacionais, bem como o setor privado, a comunidade acadêmica e de pesquisa e outras organizações envolvidas com o tema das mudanças climáticas. A implementação do Pacto Global na América Latina e Caribe acontece dentro do Programa Internacional de Cooperação Urbana da União Europeia.
Quais são as Estruturas Regionais do Pacto?
O Pacto Global de Prefeitos pelos Clima e a Energia na América Latina e Caribe se estrutura com o apoio de uma ampla governança, apta a dar apoio aos municípios signatários. Essa estrutura está formada por um Secretariado, o Helpdesk e um Comitê Diretor Regional.
São membros do Comitê Diretor Regional: Delegação da União Europeia no Brasil, C40 Cities Climate Leadership Group, ICLEI SAMS, CAF (Banco de Desarrollo de América Latina), CGLU representada por Mercociudades e FLACMA.
Quais são as Estruturas Nacionais do Pacto?
- Os Comitês Consultivos Nacionaissão grupos de trabalho em que uma Estratégia Nacional anual de atividades para a implementação do GCoM no país é definida, buscando unir esforços e iniciativas existentes a nível local, regional e nacional, alinhadas às Contribuições Determinadas a Nível Nacional (NDC).
- Os Coordenadores Nacionais são as organizações, geralmente associações nacionais de municípios, que coordenam a implementação das atividades do Pacto no país, através das quais as cidades podem envolver-se com o Pacto. Conheça os coordenadores nacionais aqui.
- Os Facilitadores Nacionais atuam em cada país, sempre que requeridos pelos municípios e Coordenadores Nacionais, para dar apoio técnico aos municípios signatários do Pacto no alcance de suas metas de redução de gases de efeito estufa e de mitigação de vulnerabilidades climáticas.
Como se tornar um Facilitador Nacional?
O Secretariado Latino-americano do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia convida organizações interessadas em ser Facilitadoras Nacionais a enviar suas Expressões de Interesses.
Para saber mais sobre a seleção e como candidatar-se, acesse o edital.