Costa Rica, 16 de março de 2023. O Congresso de Gestão Ambiental Municipal “Ação Clima” reuniu representantes dos governos municipais e da academia na Costa Rica, em 10 de março de 2023, para discutir a ação climática local e as atividades sob a Estratégia Nacional do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM). Esta iniciativa dinâmica é única na América Latina e permite um progresso estruturado com visão de longo prazo para o país.
Rebecca Borges, especialista do Pacto, explicou que além de promover um importante processo colaborativo de desenvolvimento e validação entre diversos atores nacionais e sub-nacionais, a estratégia de trabalho da Costa Rica estrutura suas atividades para alcançar resultados locais significativos. “É dedicada a ampliar o progresso na ação climática local e, assim, expandir a diplomacia climática apoiada pela União Europeia através do GCoM Américas. Neste Congresso, celebramos esta visão da Estratégia Costa-riquenha e o início de suas atividades”, afirmou.
Nazareth Porras, Oficial de Cooperação da Delegação da União Europeia na Costa Rica, enfatizou a importância do Pacto Global de Prefeitos para o Clima e Energia como o principal instrumento da UE para as cidades enfrentarem os efeitos das mudanças climáticas. Ela também destacou que a União Europeia está convencida de que a ação climática é cada vez mais urgente, e eventos como este Congresso são essenciais para reunir atores-chave no desenvolvimento de territórios e comunidades.
“Em continuidade à primeira fase de apoio à implementação do Pacto no país, que gerou resultados muito interessantes, confiamos que a atual Estratégia Nacional e as atividades seguintes do Pacto no país continuarão sendo úteis para os municípios e as instituições envolvidas”, enfatizou Porras.
O Congresso foi uma iniciativa da União Nacional de Governos Locais (UNGL) em conjunto com a Universidade Nacional da Costa Rica (UNA), abordando temas como mobilidade sustentável, gestão integrada de resíduos e sustentabilidade ambiental conjunta com comunidades indígenas, entre outros.
José Rojas Méndez, Prefeito de Buenos Aires e Presidente da UNGL, lembrou que “a Costa Rica superou 98% de geração elétrica renovável pelo oitavo ano consecutivo. Isso, sem dúvida, é um feito do qual devemos nos orgulhar, mas, acima de tudo, comprometer-nos a continuar lutando a partir de nossos territórios para termos comunidades sensibilizadas e proativas em questões ambientais”, afirmou Rojas.
Glenda Fernandez, gestora ambiental da UNGL, destacou a importância de fomentar alianças interinstitucionais entre governos locais, academia, organizações não governamentais e o marco institucional público para enfrentar as questões das mudanças climáticas. “Este evento nos permitiu observar como o trabalho colaborativo é um dos melhores mecanismos para abordar questões climáticas e energéticas. É por isso que o trabalho realizado pela União Europeia através do Pacto Global de Prefeitos tem nos permitido organizar comunidades junto com seus governos locais na criação de espaços de feedback e análise”, concluiu.
Reconhecimento da Ação Climática
Durante o evento, também foi realizada uma cerimônia para reconhecer a ação climática dos governos comprometidos com o Pacto no país. Entre eles estavam as Municipalidades de Belén, Cañas e San José. Além disso, foram mencionadas as municipalidades com avanços na mitigação, como Desamparados; as municipalidades com avanços na adaptação, como Alajuela, Guarco e Oreamuno; e as municipalidades totalmente conformes com o GCoM, como La Unión, Montes de Oca, Monteverde, Quepos, San Rafael de Heredia e Zarcero.
Viviana Carpio, Vice-Prefeita de Oreamuno e representante costarriquenha no Fórum de Prefeitos do GCoM, destacou que os cidadãos estão acostumados a que as prefeituras arrecadem impostos, construam ruas e assim por diante, mas é possível fazer mais e ir além. Ela também enfatizou a importância da participação das mulheres na luta climática: “Não se trata apenas de nos congratular, mas de continuar nos envolvendo, continuar abrindo espaços e levantando nossas vozes igualmente com equidade. Isso também é um eixo transversal na governança climática”, apontou.
Da municipalidade de Belén, a gestora ambiental Dulcehe Gimenéz Espinosa destacou que o cantão é pequeno, mas com grandes contrastes, desde ter muita água até estar urbanizado em 100%, o que representa um grande desafio para implementar diferentes ações. No entanto, a municipalidade avançou e já possui resultados concretos.
Representando Cañas, a gestora ambiental municipal, Katherine Gobando, enfatizou que através do Pacto, buscaram ações e planos relacionados à adaptação e mitigação climática. “Desde 2020, quando nos unimos ao Pacto, entendemos que não se trata apenas de assinar a carta, mas também de definir todas as ambições que temos como governo local dentro de nosso cantão”, explicou.
A Costa Rica é um país referência em ação climática há décadas, especialmente com compromissos genuínos dos governos locais. Os Coordenadores Nacionais trabalham em coordenação com os municípios para diversos projetos, ações e mecanismos sob uma estratégia integrada em prol do meio ambiente e de um futuro mais sustentável.
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