Cidades da América Latina e o uso da Análise de Riscos com SIG na luta climática
Realizou-se, em 29 de setembro, o evento virtual Cidades Inteligentes: Análise de Riscos com SIG, organizado pela Red Argentina de Municipios Frente al Cambio Climático (RAMCC), com o apoio do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM) na América Latina. O evento abordou temas como o uso de sistemas de informação geográfica para reunir, gerir e analisar dados que fortalecem o planejamento de ações climáticas.
Representando a União Europeia (UE), o Embaixador da UE na Argentina, Amador Sánchez Rico, destacou que, desde 2017, a instituição financia o Pacto Global de Prefeitos na região com o objetivo de fortalecer e aprofundar o apoio às suas cidades e municípios signatários.
“A União Europeia (UE) desenvolve esta iniciativa para apoiar as cidades e os governos locais porque são os atores locais que estão na linha de frente, onde se concretizam as estratégias globais e o trabalho diário”, ressaltou Sánchez Rico.
Dentro do Pacto Global de Prefeitos, os municípios comprometidos contam com uma ampla rede de apoio, trocam experiências e recebem ferramentas para traçar uma estratégia local de ação climática que possibilite reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos. Nesse sentido, o Embaixador apontou que “hoje queremos mostrar como uma dessas ferramentas é útil para a ação local, que é o uso da tecnologia dos sistemas de informação geográfica”.
O Pacto foi representado pela especialista sênior, Marja Edelman, que apresentou a iniciativa aos participantes e demonstrou dados dos avanços na região da América Latina.
“O Pacto Global de Prefeitos visualiza um mundo em que prefeitos e governos locais comprometidos, em aliança com parceiros, acelerem iniciativas climáticas e energéticas, ambiciosas e mensuráveis que conduzam a um futuro inclusivo, justo, com baixas emissões e resistente ao clima, ajudando a cumprir e superar os objetivos do Acordo de Paris”, destacou Edelman.
Pela RAMCC, o Diretor Executivo, Ricardo Bertolino, apresentou a instituição e como vêm apoiando os municípios da Argentina a avançar com seus planos locais de ação climática.
Um dos projetos destacados por Bertolino foi o de Empregos Verdes Locais, também financiado pela União Europeia. Esses empregos preservam o meio ambiente através de modelos de produção sustentáveis, fortalecem economias locais e regionais e geram trabalho decente e inclusão social.
O uso do SIG pelas cidades
O tema foi introduzido pelo pesquisador e representante do Centro Comum de Pesquisa (JRC, na sigla em inglês) da Comissão Europeia, Aldo Treville.
Treville explicou que os SIGs são um conjunto de ferramentas que integram e relacionam diversos componentes que permitem a organização, armazenamento, manipulação, análise e modelagem de grandes quantidades de dados provenientes do mundo real. E que estão vinculados a uma referência espacial, facilitando a incorporação de aspectos socioculturais, econômicos e ambientais que conduzem a uma tomada de decisões de maneira mais eficaz.
Em seguida, os municípios de San Benito, Argentina; Matosinhos, Portugal; Ambato, Equador; Rio de Janeiro, Brasil; e Tópaga, Colômbia, apresentaram suas experiências de planejamento climático com SIG. As apresentações estão disponíveis no vídeo do evento.