A condição feminina na cultura ocidental melhorou muito ao longo dos séculos. Contudo, ainda existem barreiras que fecham portas às mulheres. Isso se reflete inclusive em questões climáticas.
As mudanças climáticas não afetam homens e mulheres na mesma proporção. Há estudos que mostram que as mulheres são as mais afetadas por desastres, migrações forçadas, pobreza e questões culturais que influem na resposta a eventos climáticos extremos que são gerados com a mudança do clima do planeta.
Saiba mais: A ONU Mulheres tem um questionário interativo (em espanhol) que mostra alguns dados sobre as mulheres nas mudanças climáticas.
No entanto, elas também são fonte de soluções de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. Em artigo publicado no International Institute for Environment and Development, Christiana Figueres chama ao reconhecimento desse papel fundamental. Ela destaca que muitas mulheres foram participantes chave na formulação de decisões internacionais sobre a temática, como o Acordo de Paris. As mulheres também atuam no plano das comunidades, com soluções locais.
Dessa forma, ter mais espaços de participação feminina e integrar melhor as mulheres na formulação de planos e na tomada de decisões em temas de enfrentamento às mudanças climáticas é fundamental para uma resposta efetiva da humanidade.
A autora
Christiana Figueres é membro do Conselho mundial do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia na posição de Vice Chair. Ela também atuou como secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC).
(Com informações do International Institute for Environment and Development e da BBC)